domingo, 18 de outubro de 2009

Relatório das aulas 15 e 16

Iniciámos a aula com a leitura do relatório de aula realizado pelo aluno Francisco Engrola.
De seguida, foram enunciados pela professora os objectivos de aula que passo a citar: aprender a argumentar e aprender a ler e a interpretar texto filosófico.
Após definidos os objectivos, fizemos a conclusão da análise do excerto do livro “Elementos Básicos da Filosofia” de Warburton. Começámos por relembrar o tema e o argumento exposto, “O argumento do desígnio”. Passámos à análise do contra-argumento apresentado, “Fraca analogia”, que, embora também defenda a existência de semelhanças entre objectos naturais e objectos que sabemos terem sido concebidos pelo Homem, acrescenta que se essas semelhanças não forem suficientemente fortes (vagas) as conclusões a que se chega também vão ser vagas. Relativamente a este contra-argumento, demos uma pequena definição de analogia forte, que é uma comparação entre duas realidades diferentes, onde encontramos semelhanças significativas.
Findada a análise do excerto referido, passámos ao ponto 1 dos objectivos de aula. Para melhor aprendermos a argumentar, realizámos dois exercícios da página 10 do caderno de actividades. No exercício 23, depois das variadas respostas dadas pelos alunos, concluímos que a tese seria “A acção humana é voluntária”. No exercício 24, organizámos um esquema acerca do tema “O aborto”, em que o problema era “Será o aborto voluntário um crime?”. Os alunos apresentaram vários argumentos para a tese (“O aborto voluntário é um crime.”) e para a contra-tese (“O aborto voluntário não é um crime.”), gerou-se então alguma confusão pois havia opiniões diferentes. Para a tese, um dos argumentos apresentados foi “O aborto voluntário é um crime porque o feto já é um ser humano” e para a contra-tese foi “O aborto voluntário não é um crime porque o feto ainda não é uma pessoa”.
Terminado o ponto 1, seguimos então para o ponto 2 dos objectivos. Para aprendermos a ler e a interpretar texto filosófico, a professora entregou-nos um excerto do livro “A imperfeição da Filosofia” de Maria Filomena Molder, em que o problema apresentado é “Escutaríamos nós um carvalho ou uma pedra, se eles dissessem a verdade?”. Relativamente a este excerto analisámos uma passagem de Fedro depois de Sócrates ter contado a história da invenção da escrita. Acerca desta história, Fedro disse que Sócrates tinha bastante capacidade em contar histórias de outros países como bem lhe apetecesse. A passagem de Sócrates está relacionada com o título quando ele diz que “(…) os sacerdotes do templo de Zeus em Dodona afirmaram que as primeiras palavras divinatórias saíram de um carvalho”, está relacionada também com o facto de Fedro achar que o mais importante é o nome e o país de origem das pessoas em vez de ter a certeza se essas pessoas dizem ou não a verdade, que é o que acontece actualmente com a nossa sociedade, só que, como diz no texto, “Nós poderíamos acrescentar: mas, para ti, o importante é saber a edição, a cidade, o ano, conferir a bibliografia, as notas de rodapé, os CD-Rom sobre o assunto.”.
Terminámos então a aula com a indicação do trabalho de casa.



- Este é um relatório de aula bastante rigoroso e completo.

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